Image

AESV conclui mobilidades do projeto Erasmus+ com atividade de jobshadowing na Grécia: uma experiência transformadora na “19th Lykeion of Athens”

De 5 a 9 de maio de 2025, uma equipa do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga (AESV), composta pela subdiretora Maria do Céu Graça, pelo psicólogo escolar, José Resende e pelas docentes Celeste Silva, Flora Marques e Rosa Bastos (também coordenadora do Centro Qualifica), participou numa enriquecedora atividade de jobshadowing na escola 19th Lykeion of Athens, em Atenas, Grécia. Esta mobilidade integrou-se no âmbito do projeto Diverse Minds, United Hearts, financiado pelo programa Erasmus+, cuja implementação pelo AESV teve início em junho de 2024e terá a sua conclusão em novembro de 2026. Esta foi a quarta e última atividade internacional do projeto, concluindo com sucesso as 30 mobilidades previstas e aprovadas.
A 19th Lykeion of Athensé uma escola secundária situada numa zona urbana de Atenas, caracterizada por uma notável diversidade cultural. Com alunos oriundos de mais de 20 nacionalidades diferentes — incluindo países como Congo, Síria, Somália, Guiné Conacri, Ucrânia, Geórgia, Albânia, Egito, Polónia, Irão, Bangladesh, Paquistão, Bulgária, Rússia, Senegal, Afeganistão, Nigéria, Marrocos e Roménia — a escola destaca-se pela sua forte vocação inclusiva e por uma abordagem pedagógica centrada na equidade e na valorização da diversidade. A sua missão educativa baseia-se na criação de um ambiente seguro, multicultural e motivador, onde todos os alunos se sentem acolhidos.
A mobilidade iniciou-se com uma receção calorosa pela diretora da escola, Maria Vlachou, e uma sessão de boas-vindas com a participação dos cerca de 30 docentes e 240 alunos. O momento foi acompanhado por uma prova de produtos gastronómicos portugueses, numa troca simbólica de culturas que desde logo criou laços entre os participantes.
Seguiu-se uma apresentação detalhada do contexto escolar, incluindo número de alunos, perfis culturais, projetos em curso, desafios enfrentados e boas práticas em implementação. A visita guiada às instalações permitiu conhecer de perto os espaços educativos e recursos disponíveis, incluindo salas equipadas com quadros interativos e outras ferramentas digitais.
Ao longo da semana, os elementos do AESV tiveram a oportunidade de observar aulas de diferentes disciplinas e anos de escolaridade, com especial atenção para as aulas de grego, direcionadas a alunos migrantes falantes de outras línguas. A observação incidiu sobre metodologias de ensino, gestão do clima de sala de aula, envolvimento dos alunos nas atividades e utilização de recursos tecnológicos na prática letiva. A equipa registou notas e refletiu sobre semelhanças e diferenças entre o sistema educativo grego e o português, tendo registado, por exemplo, que a escolaridade obrigatória, na Grécia, se inicia igualmente aos 6 anos de idade, mas termina aos 14, sendo organizada por 6 anos de escola primária e 3 de ginásio. Os manuais escolares das diversas disciplinas, por ano de escolaridade, são iguais para todos os alunos, e são gratuitos. As escolas não fornecem refeições aos alunos, não tendo bufete nem cantina e funcionam, num só período do dia, por norma, de manhã, entre as 8.15 e as 14.30 horas. Os exames começam mais cedo, em maio, o que proporciona a alunos e docentes uma pausa de 2 meses.
A mobilidade incluiu ainda reuniões informais com professores e técnicos, incluindo a psicóloga da escola, que permitiram aprofundar o conhecimento sobre os apoios disponibilizados a alunos migrantes e a alunos com necessidades educativas específicas. Sessões de partilha de experiências pedagógicas entre os docentes visitantes e os anfitriões foram momentos de grande enriquecimento profissional.
Entre os destaques da semana esteve também a visita de estudo à cidade de Pireus, onde se localiza um dos portos mais movimentados e estratégicos do Mediterrâneo. Com uma história milenar, Pireus é símbolo da importância geopolítica e económica da Grécia, e a visita constituiu uma oportunidade de aprendizagem cultural e histórica para todos os envolvidos.
O programa foi complementado com sessões diárias de reflexão e feedback, que serviram para consolidar aprendizagens, partilhar perspetivas e recolher ideias para implementar práticas mais inclusivas no AESV.
A experiência foi unanimemente considerada inesquecível e transformadora. Permitindo conhecer de perto realidades educativas marcadas pela diversidade cultural, esta mobilidade veio reforçar o compromisso do AESV com a construção de uma cultura de acolhimento e de inclusão, orientada para a equidade no acesso à educação e para a formação de cidadãos globais, empáticos, críticos e preparados para viver em sociedades multiculturais.
Com o encerramento desta última atividade internacional de jobshadowing, o projeto Diverse Minds, United Hearts cumpre o seu objetivo de promover o desenvolvimento profissional dos seus participantes e reforçar a missão do AESV como uma escola aberta ao mundo e centrada nas pessoas.
Image

Projeto Erasmus+ Diverse Minds, United Hearts
 
AESV em Jobshadowing na Turquia

Entre os dias 14 e 18 de abril, a diretora do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga, Rosário Tavares, e três docentes, Ana Albertina Pereira, Celeste Silva e Flora Marques, participaram numa atividade de jobshadowing na escola Ticaret Sanayi Odası Orta Okulu, localizada em Samsun, na Turquia. Esta mobilidade integrou-se no projeto Diverse Minds, United Hearts, promovido no âmbito do programa Erasmus+, que o AESV tem vindo a dinamizar desde junho de 2024. Esta foi já a terceira atividade internacional realizada no quadro do projeto.
A experiência teve início com uma sessão de boas-vindas, durante a qual as docentes portuguesas foram calorosamente recebidas pelos responsáveis da escola anfitriã. Seguiu-se uma apresentação de ambas as escolas sobre o contexto escolar, incluindo dados sobre o número de alunos, diversidade cultural, projetos em curso, desafios enfrentados e boas práticas implementadas. As professoras tiveram ainda oportunidade de visitar as instalações da escola, ficando a conhecer o seu funcionamento em profundidade.
Ao longo da semana, foram observadas várias aulas de diferentes disciplinas e níveis de ensino, com especial atenção às metodologias pedagógicas, à gestão das salas de aula, ao envolvimento dos alunos e ao uso de ferramentas digitais. Estas observações permitiram momentos de comparação e reflexão com a realidade escolar portuguesa, promovendo um olhar crítico e enriquecedor sobre diferentes práticas educativas.
As docentes participaram também em reuniões com professores, coordenadores, técnicos de educação especial, psicólogos e assistentes sociais, permitindo um conhecimento mais aprofundado dos apoios prestados aos alunos e das estratégias de inclusão adotadas. A partilha de experiências e saberes entre os professores visitantes e os anfitriões revelou-se um dos pontos altos desta mobilidade.
Durante a estadia, houve ainda espaço para assistir aos ensaios de diversas atividades (recitação de poemas, dramatizações, danças e coreografias) que irão decorrer aquando da celebração do Dia da Soberania Nacional e da Criança, comemorado a 23 de abril, o que contribuiu para uma vivência mais completa da dinâmica educativa turca.
Um dos momentos mais marcantes foi a visita à Universidade de Samsun, onde as docentes assistiram a uma aula de Turco dirigida a alunos migrantes de várias nacionalidades, como Guiné-Conacri, Benim, EUA, Canadá, Síria, Tailândia, Azerbaijão, Irão, Jordânia e Turquemenistão. Esta experiência evidenciou o caráter inclusivo e acolhedor do sistema educativo turco, que proporciona acesso igualitário à educação a estudantes nacionais e estrangeiros.
A mobilidade terminou com sessões de reflexão e partilha de aprendizagens, em que se destacou o impacto desta experiência no desenvolvimento profissional das participantes e no enriquecimento das estratégias de inclusão e acolhimento de alunos migrantes no AESV.
A participação nesta atividade foi, sem dúvida, uma experiência inesquecível e transformadora, que reforçou o compromisso do agrupamento com a promoção da equidade, da inclusão e da cidadania global. O projeto Diverse Minds, United Hearts continua, assim, a afirmar-se como um pilar essencial na construção de uma escola mais aberta, diversa e solidária.


                                                A equipa Erasmus+
Image

Docentes do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga em Berlim

 

Linguagem e Acolhimento – O grande desafio lançado

 

               No início do mês de novembro, 7 docentes do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga (AESV), partiram em direção a Berlim, para participarem na Formação “ From CLIL to Translanguaging – Strategies to integrate migrants”, no âmbito do Projeto Diverse Minds, United Hearts (DMUH), do Programa Erasmus+.

                Em consonância com o Projeto inicial proposto e aprovado, e no sentido de acolher, integrar, orientar e ajudar os nossos migrantes, que no Agrupamento já contam com quase duas dezenas de nacionalidades, estes docentes participaram com entusiasmo nesta formação da Europass Teacher Academy de Berlim, onde puderam tomar contacto, realizar e aprender estratégias de inclusão e integração dos migrantes em sala de aula, de forma a colmatar dificuldades de língua e comunicação e criar pontes facilitadoras para a inclusão destes alunos multiculturais. Através de atividades simples, e com recurso à integração de conteúdos noutra língua (CLIL) e da Translinguagem (possibilidade de utilizar várias línguas no mesmo contexto), é possível estreitar laços e encurtar distâncias, de forma a que a comunicação, como ferramenta essencial de sociedade e de integração e aceitação, possibilite uma maior empatia, respeito e consequente autoestima que, por sua vez, ajudam no avanço pessoal, social e académico dos nossos alunos migrantes.

A Multiculturalidade integrada e respeitada promove ferramentas essenciais para uma sociedade justa e respeitadora das diferenças, onde há lugar para todos e com todos.

Berlim, como cidade multicultural e respeitadora da diferença, com um passado histórico pesado, mas muito valioso, ofereceu de forma intensiva, mas muito enriquecedora uma semana de conhecimento precioso, que estes docentes trouxeram e irão partilhar com os seus pares, fazendo deste um benefício para toda a comunidade AESV.  

  

                                                                               Pela Equipa Erasmus +

                                                                               Celeste Silva

Image
Image
Image

Docentes do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga em Helsínquia

Que desafios são, hoje, lançados aos (nossos) professores

 

    No final do mês de outubro, 14 docentes do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga (AESV), cientes da importância da dinamização de práticas pedagógicas de apelo à inclusão e igualmente ávidos de estratégias inovadoras de acolhimento – considerando a atual caracterização da população escolar do AESV, composta presentemente por 19 nacionalidades – rumaram em direção à Finlândia, para participarem na formação Cultivating diversity and inclusion, no âmbito do Programa Erasmus+.
   
   Em junho, ao ver aprovada a candidatura Erasmus+, com o projeto Diverse Minds, United Hearts (DMUH) – pensado e desenhado por uma Equipa, à data, de 6 docentes em funções no AESV –, considerando os objetivos do projeto e a sua duração, de 18 meses, a atividade escolhida para dar os primeiros passos foi o curso de formação de 6 dias, realizado em Helsínquia, de 21 a 26 de outubro, por 14 docentes de 14 disciplinas diferentes.
   
    O sistema de ensino finlandês é considerado um dos melhores sistemas de ensino do mundo (se não o melhor), designadamente em questões de inclusão multicultural, e, segundo testemunho destes 14 docentes, não podia ter sido escolhido melhor destino para a realização desta formação. Durante 6 dias, estes docentes participaram em inúmeras atividades, com o intuito de desenvolverem competências e estratégias para promoverem uma maior e melhor inclusão nas salas de aula multiculturais, tendo abordado temas centrais, como comunicação intercultural, preconceitos, estereótipos, e o uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC), para estimular a interação entre os alunos e promover a consciencialização cultural, incluindo técnicas para superar barreiras comunicativas e exercícios que incentivaram os participantes a refletirem sobre estereótipos e generalizações comuns, despertando uma maior compreensão e respeito pela diversidade cultural. O curso contou ainda com atividades culturais externas, promovendo uma experiência de imersão que reforçou e enriqueceu o conteúdo abordado na formação ​(diversidade e inclusão). Foi encerrado com uma sessão de feedback e avaliação, na qual os participantes discutiram as suas aprendizagens e partilharam ideias para futuras e novas ações, neste âmbito, no AESV.
    
     Esta formação capacitou estes docentes com ferramentas práticas e uma base sólida para trabalhar a diversidade e promover a inclusão nas suas turmas, num pleno alinhamento com os objetivos DMUH e do próprio Projeto Educativo do AESV, que visa reforçar a criação de uma escola mais inclusiva e adaptada às específicas e diversas necessidades de todos os seus alunos e famílias. Esta formação será, seguidamente, replicada aos restantes docentes dos vários grupos disciplinares do AESV.

 

Céu Bastos e Flora Marques

Image
Image
Image
Image